terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Tese tem capítulos sobre obra de Alciene

      A tese Feminismo e gênero: a literatura juvenil escrita por mulheres (1979-1984), de Maisa Barbosa da Silva Cordeiro, defendida em dezembro de 2019 no PPG-Letras Mestrado e Doutorado da UFMS de Três Lagoas, contém diversos capítulos sobre a obra de Alciene Ribeiro, em trabalho que também aborda a obra de outras cinco escritoras.

     Eis o resumo do tese:


Este trabalho analisa, na interseção entre a crítica literária feminista e a crítica literária juvenil, em corpus de autoria de mulheres, como a mulher é representada no que tange aos papéis sociais de gênero, de modo a compreender por meio de quais estratégias discursivas as autoras elaboram a emancipação e a resistência da mulher frente ao patriarcado. Partimos da análise de personagens primárias e secundárias em obras brasileiras publicadas no período de 1979-1984, no final do governo militar e início do processo de redemocratização do país. Há duas justificativas para delimitação do período: a primeira é que nesse momento começa a haver maior interesse de escritores e editoras em fomentar a produção literária destinada à juventude – motivado pelo crescimento do mercado do livro e pela criação dos primeiros programas de fomento à leitura. Há, então, maior inserção de personagens adolescentes e jovens com problemáticas relacionadas às suas vivências. A literatura juvenil ganha, assim, maior diversidade quanto a temas e formas. A segunda justificativa é o fato de que a crítica literária feminista também começa a se tornar mais sólida no Brasil a partir da década de 1980. Delimitado tal contexto, debruçamo-nos sobre a literatura juvenil para analisar, especificamente, as representações do protagonismo da mulher em um corpus composto por seis obras: Uma ideia toda azul (1979), de Marina Colasanti; O sofá estampado (1980), de Lygia Bojunga; Bisa Bia, Bisa Bel (1982), de Ana Maria Machado; O mágico de olho verde (1984), de Alciene Ribeiro Leite; O outro lado do tabuleiro (1984), de Eliane Ganem; e A cor do azul (1984), de Jane Tutikian. Nossa tese propõe uma pesquisa inaugural para o campo literário juvenil, pois não há, ainda, pesquisa de doutorado que analise a literatura juvenil pela perspectiva da crítica literária feminista. Nosso trabalho capta o momento em que a literatura juvenil escrita por mulheres é reinventada no campo editorial brasileiro e é inaugurado um intenso processo de questionamento dos papéis sociais de gênero na literatura escrita por mulheres. Tal movimento é motivado, especialmente, pela segunda onda feminista. Defendemos a tese de que o sistema literário (conforme conceito cunhado por Antonio Candido), que se fundamenta sob o discurso patriarcal, tem uma ruptura na passagem da década de 1970 para a de 1980, quando as escritoras se apropriam da literatura juvenil. Assim, além de as mulheres terem sido decisivas para a solidificação dessa literatura, rompem com a hegemonia do patriarcado nas narrativas, que passam a ser imbuídas de uma perspectiva feminista, e no mercado do livro, que passa a contar com maior diversidade de mulheres escritoras.  
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Brasileira; Literatura juvenil; Mercado editorial; Mulher; Personagem; Redemocratização. 


Para acessar a tese, clique no título em rosa na referência:
CORDEIRO, Maisa Barbosa da Silva. Feminismo e gênero: a literatura juvenil escrita por mulheres (1979-1984). Três Lagoas, MS, 2019, 225 f. Tese (Doutorado, Estudos Literários) – PPG - Letras, UFMS. Orientador: Rauer Ribeiro Rodrigues. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

CBN destaca "Mulher Explícita", de Alciene Ribeiro

http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/282334/bons-poemas-e-contos-que-vem-do-triangulo.htm

Bons poemas e contos que vêm do Triângulo

Mineiras de Ituiutaba, Katia Romano e Alciene Ribeiro expressam em suas obras a simplicidade do cotidiano e o universo feminino:

Áudio.

Mulher explícita é de autoria de Alciene Ribeiro. Foto: Editora Pangeia (Crédito: )
Mulher explícita é de autoria de Alciene Ribeiro. Foto: Editora Pangeia
Da Rádio CBN de Belo Horizonte, ouça o
ÁUDIO
com a análise de Luís Giffoni.