terça-feira, 15 de setembro de 2020

Alciene lança "minimus" e "Brazil 2020"

        A escritora Alciene Ribeiro lança, neste segundo semestre de 2020, dois novos livros de ficção: minimus (assim grafado, com inicial minúscula e sem acento) e Brazil 2020.

        minimus é composto por mais de uma centena de microcontos e se divide em diversas partes, indiciando temas como – para mencionar alguns, e sem adiantar os títulos das partes – a metalinguagem, a intertextualidade, o feminino, o meio-ambiente, a morte.

        Brazil 2020 traz quatro contos inéditos que refletem o clima do país com a pandemia. Os contos têm os seguintes títulos: "Arca de Noé", "Paralelas", "Escrava Isaura" e "Emparedada". O livro vem com arte de Renata Sieiro Fernandes, a colagem analógica "Estrondo".

        Os dois livros saem pela Editora Pangeia e são divididos com Rauer, escritor que mantém parceria de décadas com Alciene Ribeiro – ver, a este propósito, o "Agradecimento" no livro Mulher explícita, lançado por Alciene em 2019. Mais informações sobre o livro no blog da Editora Pangeia e em < https://editorapangeia.com.br/shop/ >. 

        Em Brazil 2020 os quatro contos de Rauer também são inéditos: "Um bálsamo", "Na manhã fria", "A última faixa" e "Quarentena". A contraparte de Rauer ao volume minimus tem brevíssimos por título e é também composta por pouco mais de uma centena de microcontos.

        Em breve, pois, inicialmente em volumes físicos e em seis meses em e-book, os livros Brazil 2020 e minimus & brevíssimos.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Romance espiritualista de Alciene é publicado

Transportemo-nos, nestas linhas, a uma cidadela no espaço, denominada Solar da Maternidade, sede de Universidade incomum; na colônia-escola de especialização maternal funciona curso de quinze anos para candidatas à maternidade na Terra. Vislumbremos as muralhas, encimadas por torres medievais, cobertas de hera centenária, sem qualquer ideia de regresso ao passado obscurantista. A primeira impressão de vetusto castelo feudal abranda-se ainda aquém da fortaleza: caprichosa trilha de gramíneas direciona os passos ao portão de entrada. Agora, sim. A austeridade do conjunto desaparece sob linhas suaves, e até frágeis, considerada a leveza do material que o erige.
Embora situada em ponto relativamente próximo à crosta densa do Planeta, a colônia prescinde de guarda ostensiva. É uma exceção, visto plantar-se em região infestada de hordas de espíritos, evadidos do umbral. Suas defesas provêm dela mesma, consequência natural das nobres intenções da maioria da população e dos mentores das atividades educacionais. Espíritos benfeitores, alheios ao ego, alimentam com alto teor vibratório as reservas de energia magnética. Semelhantes às hidrelétricas terrenas, os reservatórios mantêm a vida prática e promovem contínuas emissões de ondas repulsivas, que varrem a vizinhança. Autênticos chicotes elétricos vedam o assalto de bandoleiros do espaço.
     Estes são os dois primeiros parágrafos do romance Libertação no lar, de Alciene Ribeiro, que acaba de ser publicado pela Editora Esperança e Caridade & Colégio Allan Kardec.

         O romance é fruto de trabalho iniciado pela escritora em 1993, após uma visita que Alciene fez ao médium Francisco Xavier. Embora não seja psicografado, contém inspiração de intercâmbios com universo transcendental, manifestado em sonhos, em súbitas iluminações, em diálogos com Chico Xavier e outros médiuns. No entanto, "[m]uitas páginas refletem vivência, observação e imaginação da ficcionista que assina o volume e se responsabiliza por eventuais erros e exageros, desde que é livre para acatar ou recusar o sopro inspirador, e exercer a autocrítica".

          A distribuição do livro está a cargo do Colégio Allan Kardec, de Sacramento, MG, a quem a autora doou os direitos autorais do livro. Contatos pelo telefone 34-3351-1022 ou pelo site < https://cak.org.br/ >.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Tese tem capítulos sobre obra de Alciene

      A tese Feminismo e gênero: a literatura juvenil escrita por mulheres (1979-1984), de Maisa Barbosa da Silva Cordeiro, defendida em dezembro de 2019 no PPG-Letras Mestrado e Doutorado da UFMS de Três Lagoas, contém diversos capítulos sobre a obra de Alciene Ribeiro, em trabalho que também aborda a obra de outras cinco escritoras.

     Eis o resumo do tese:


Este trabalho analisa, na interseção entre a crítica literária feminista e a crítica literária juvenil, em corpus de autoria de mulheres, como a mulher é representada no que tange aos papéis sociais de gênero, de modo a compreender por meio de quais estratégias discursivas as autoras elaboram a emancipação e a resistência da mulher frente ao patriarcado. Partimos da análise de personagens primárias e secundárias em obras brasileiras publicadas no período de 1979-1984, no final do governo militar e início do processo de redemocratização do país. Há duas justificativas para delimitação do período: a primeira é que nesse momento começa a haver maior interesse de escritores e editoras em fomentar a produção literária destinada à juventude – motivado pelo crescimento do mercado do livro e pela criação dos primeiros programas de fomento à leitura. Há, então, maior inserção de personagens adolescentes e jovens com problemáticas relacionadas às suas vivências. A literatura juvenil ganha, assim, maior diversidade quanto a temas e formas. A segunda justificativa é o fato de que a crítica literária feminista também começa a se tornar mais sólida no Brasil a partir da década de 1980. Delimitado tal contexto, debruçamo-nos sobre a literatura juvenil para analisar, especificamente, as representações do protagonismo da mulher em um corpus composto por seis obras: Uma ideia toda azul (1979), de Marina Colasanti; O sofá estampado (1980), de Lygia Bojunga; Bisa Bia, Bisa Bel (1982), de Ana Maria Machado; O mágico de olho verde (1984), de Alciene Ribeiro Leite; O outro lado do tabuleiro (1984), de Eliane Ganem; e A cor do azul (1984), de Jane Tutikian. Nossa tese propõe uma pesquisa inaugural para o campo literário juvenil, pois não há, ainda, pesquisa de doutorado que analise a literatura juvenil pela perspectiva da crítica literária feminista. Nosso trabalho capta o momento em que a literatura juvenil escrita por mulheres é reinventada no campo editorial brasileiro e é inaugurado um intenso processo de questionamento dos papéis sociais de gênero na literatura escrita por mulheres. Tal movimento é motivado, especialmente, pela segunda onda feminista. Defendemos a tese de que o sistema literário (conforme conceito cunhado por Antonio Candido), que se fundamenta sob o discurso patriarcal, tem uma ruptura na passagem da década de 1970 para a de 1980, quando as escritoras se apropriam da literatura juvenil. Assim, além de as mulheres terem sido decisivas para a solidificação dessa literatura, rompem com a hegemonia do patriarcado nas narrativas, que passam a ser imbuídas de uma perspectiva feminista, e no mercado do livro, que passa a contar com maior diversidade de mulheres escritoras.  
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Brasileira; Literatura juvenil; Mercado editorial; Mulher; Personagem; Redemocratização. 


Para acessar a tese, clique no título em rosa na referência:
CORDEIRO, Maisa Barbosa da Silva. Feminismo e gênero: a literatura juvenil escrita por mulheres (1979-1984). Três Lagoas, MS, 2019, 225 f. Tese (Doutorado, Estudos Literários) – PPG - Letras, UFMS. Orientador: Rauer Ribeiro Rodrigues. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

CBN destaca "Mulher Explícita", de Alciene Ribeiro

http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/282334/bons-poemas-e-contos-que-vem-do-triangulo.htm

Bons poemas e contos que vêm do Triângulo

Mineiras de Ituiutaba, Katia Romano e Alciene Ribeiro expressam em suas obras a simplicidade do cotidiano e o universo feminino:

Áudio.

Mulher explícita é de autoria de Alciene Ribeiro. Foto: Editora Pangeia (Crédito: )
Mulher explícita é de autoria de Alciene Ribeiro. Foto: Editora Pangeia
Da Rádio CBN de Belo Horizonte, ouça o
ÁUDIO
com a análise de Luís Giffoni.